Livro: "Sentimentos Ponte Para O Diálogo Entre Pais E Filhos"

Os seres humanos dos dois últimos milênios aprenderam a valorizar extensivamente a mente racional; sobretudo utilizando-se do argumento de que somente a espécie Homo sapiens é racional. O racionalismo como doutrina surgiu no século I a.C., enfatizando que tudo que existe tem uma causa. Este movimento se ampliou com as ideias de René Descartes, que foi um filósofo, físico e matemático francês nascido em 1596 e falecido em 1650. Sua famosa frase “Cogito, ergo sum“, traduzida para a língua portuguesa do livro “Discurso sobre o método (publicado em 1637) como “Penso, logo existo”, prontamente ganhou ares de uma verdade absoluta. Paralelamente à supervalorização da razão, uma outra faceta do ser humano passou a ser totalmente menosprezada – as emoções. Pessoas defenderam até a teoria de que as emoções atrapalhavam a vida do ser humano, por causar confusões e conflitos; podendo ser encontrada na literatura a necessidade de extirpar ou “matar os sentimentos”. Recentemente (últimos cinquenta anos) o tema das emoções voltou ao cenário da ciência e da literatura. A devida importância está sendo dada a esta instância da vida humana. Os estudos científicos das áreas da neurociência, psiquiatria, psicologia, e do desenvolvimento humano estão demonstrando que a consciência (razão) ocupa no máximo 5% da mente humana. Todo o resto (95%), é o reino do inconsciente. Por esta razão, o propósito deste livro é o de promover uma reflexão a respeito das emoções, principalmente, direcionada para a comunicação pais/filhos; mais ainda, sobre o ponto de vista do indivíduo senciente – uma área totalmente negligenciada pela literatura até o momento presente. Além, é claro, de abordar o tema das relações afetivas familiares e sociais dos seres humanos. O livro finaliza com considerações importantes para contribuir com o melhor diálogo afetivo emocional entre pais e/ou responsáveis e as crianças. Contribuir também com a autoconsciência e autoconhecimento para melhorias das relações afetivas, pessoal, familiares e profissionais. Produzindo um movimento de valorização do ser humano a partir da perspectiva das emoções.