Livro: "Subindo o Ararat a Montanha Pai (segunda parte)"

Saudades do Pai…Subindo a Montanha…A Mãe liberta o espírito…Olho por olho e dente por dente ou da morte para a vida…Quem foi que disse que não podemos chamar Jesus de Pai?…Eu não sei! Eu não sei? Eu sei!…quem era o Mundo? Bem, sobre o Mundo, o que sei é que aquele Mundo que me era tão próximo, tão querido, tão semelhante a mim, tornou-se um Mundo que eu não reconhecia mais, mas, preciso colocar aqui, que como já disse, e sei que não estou enganada, aquele Mundo amava e ama o Pai….Certa noite, levantei de madrugada para ir ao banheiro, e isso é incrível, mas aconteceu, tive a impressão, que o telhado estava sendo arrancado, escutei inclusive. Isso de fato aconteceu, foi bem rápido, voltei para a cama e dormi, depois pensei comigo que era tão louco, que preferi deixar para lá. Isso não foi sonho e nem pesadelo…Estava no meio de um corredor, olhava para a esquerda, mas não via como bom, olhava para a direita e também não via como bom, ficar parada ali no meio, não era bom, então, olhava para cima, e saltava para o alto, correndo pelos telhados com muita agilidade…A Bíblia está no mundo, é real, cada palavra, mas, não é desse mundo, Ela é Sagrada, Ela é Sobrenatural, trata-se de um Livro do Espírito do Pai…Me lembro direitinho e muito bem, da última pergunta que me foi feita e foi assim: “A vida é um sonho ou sonhar é viver?”, eu tinha que responder rapidamente as perguntas, era tudo muito rápido, mas, quando ouvi essa pergunta, raciocinei rapidamente o seguinte: “Se disser que a vida é um sonho, então a vida deixa de existir, de ser realidade, e se disser que sonhar é viver, então, se não sonhamos, deixamos de existir”. Esse foi o raciocínio que tive, isso foi tudo muito, mas muito rápido, e respondi assim: “Sonhar faz parte da vida.”. Quando respondi isso, subi a escada e me vi diante de…Mãe, nada no mundo, nenhum prazer, nenhuma felicidade, nenhuma paz, nenhum amor, nada se equipara ao que senti, nada pode descrever, por mais que tentasse, não conseguiria, eu, eu não tenho palavras, não existem palavras em nenhuma língua capaz de descrever o que houve…Se os Mundos e Vidas imaginassem, iriam querem isso, iriam viver por isso, carregariam em suas mentes e corações a esperança. Mãezinha, falo esperança, sim esperança, o que sei e o que sinto, é que somos parte disso, perdemos e precisamos recuperar o que éramos…Podia sentir a presença chegando perto, e em mim, mas, não na minha mente e no meu coração. Durante todo o tempo, fui dona da minha mente, do meu coração e do meu corpo também, pois, a coisa pesava em mim, ficava sobre mim, mas, não dominava meu corpo, tentava, mas, não conseguia. Tinha vezes, que sentia dificuldade de dar passos, quando aquilo saia, era como que jogada para frente, mas, não dominou meu corpo, lutei, lutei, lutei, ai ai ai…Mãe, eu via uma multidão sem fim…muitos jovens, muitos, mas não só jovens, eles desciam uma enorme e larga escadaria, em filas e o final dessa escadaria dava no mar…todos estavam indo para a morte, desciam rápido para a morte, afundando, e os que vinham atrás afundavam em cima dos que tinham acabado de afundar, ininterruptamente, e a multidão não acabava, ia afundando, era algo rápido e ininterrupto, era horrível…me olhava em um espelho, meu rosto e cabelo eram azuis, e o rosto estava todo desenhado e era grande, usava um turbante…Mãe, o Cálice Sagrado é… Mãe, nesse instante comecei a chorar, pois, tive um entendimento muito forte. Mãe, por causa desse entendimento, senti vontade de pegar um punhado de terra, e colocar do meu lado na cama, senti vontade de beijar a terra, me peguei cheia de compaixão pela terra, pela areia, senti compaixão de mim, de todos nós, a Terra… se conseguirmos aprender a amar, se conseguirmos nos tornar semelhantes ao Pai na compaixão e na humildade, então, retornaremos em espírito ao Pai, a vida Eterna, e não retornaremos ao pó. Choro de emoção e gratidão, são as águas perfeitas da natureza.