Livro: "Um ensaio sobre as invisíveis"

Vivemos num mundo-momento hostil, gratuitamente hostil. Contra isso o melhor remédio para me curar tem sido a reflexão. Leitura e reflexão. Reflexão e escrita. Diálogos longos comigo mesma, no silêncio-medo da quarentena quase nada auspiciosa.O ensaio que te apresento, fluido e despretensioso, é um convite para que você se junte a mim para juntas refletirmos sobre nosso momento-mundo.
* O que é ser invisível?** Sou eu uma invisível?*** Você é?**** Consegue você me ver?***** Ver para crer ou crer para ver?
As respostas não são tão interessantes, por mais que desejadas.
O mundo nos separa mas nada nos separa. Estamos juntas se acreditarmos na mesma ideia. Uma única ideia se compartilhada por muitas pode não apenas juntar-nos mas reparar-nos de uma reparação ética ou épica, talvez estética.
Não te trago todas as verdades, a bem da verdade, não te trago nenhuma. Minhas certezas tem prazo de validade curto. E quanto mais leio, mais desaprendo coisas. Estou mesmo em dúvida se foi uma boa ideia ser tão visceral, estou mesmo a me sentir nua com a pele arrepiada, uma mão no peito e outra – por aí…
Como disse – não trago verdades absolutas. Mas trago algumas reflexões que tenho como pertinentes ao meu, ao seu, ao nosso corpo-ser-negro-invisível.