Livro: "Único"

Somos seres que vivemos em comunidade. Não nascemos para sermos solitários, salvo honrosas exceções. Para a esmagadora maioria das pessoas uma das maiores torturas, se não física, mas psicológica, seria ter que viver sozinho, abandonado a sua própria sorte, sem ninguém para conversar ou se relacionar em qualquer sentido. O presente texto versa sobre uma hipotética situação em que alguém sem nenhuma explicação se vê abandonado no próprio ambiente em que vive. Apesar de suas buscas incessantes com os recursos que junto a ele também foram deixados, nenhuma resposta obtém e não lhe sobra nenhuma alternativa a não ser buscar continuar vivendo na vã esperança de que qualquer dia tudo retorne ao que era anteriormente a este evento inexplicável. No tocante ao seu conforto e segurança junta os cacos deixados pelos que desapareceram, que não são assim um tanto “cacos” não, mas o conforto mental ou espiritual ele tem que buscar na sua força interior e na esperança que luta para que também não lhe seja retirada. Sua solidão lhe enseja a construção de fantasias, para mitigar sua inexplicável situação e isso lhe trará consequências ao final de seu flagelo.