O objetivo do livro é analisar a arte da vida boa e o processo do envelhecimento humano em Cícero. Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) foi filósofo romano, jurista, político, prosador e orador. Natural de Arpino, uma pequena cidade do Lácio, próxima de Roma, na região dos Volscos. Ora, as teses de Cícero, mesmo considerando que ele desenvolveu suas reflexões teórico-práticas num paradigma bem diferente da nossa época, mas com algumas semelhanças em relação à subjetividade do homem atual, podem ainda ser visitadas, de forma crítica, e servir de referencial reflexivo para compreender a arte da vida boa, a finitude humana e o processo de envelhecer. Segundo Cícero, em todas as fases da vida, é possível encontrar satisfação e sentido para a existência. E a filosofia, enquanto reflexão prática da vida, tem muito a contribuir para uma velhice harmoniosa, paciente e prudente. Estudar filosofia, na época, seguindo os fundamentos clássicos de Sócrates, era buscar razões para viver bem e ser feliz. Cícero se sente tranquilo frente à iminência da morte. Depois de uma longa jornada, resta desfrutar das boas ações, do dever cumprido e esperar, com serenidade, o momento da morte. Não sente vontade de queixar-se da morte. Nem de lamentar a jornada de sua vida. Aliás, deixa a vida não como uma pessoa que saiu de sua casa, porque a natureza ou a providência não dá ao homem uma morada perene para habitar, mas como alguém que saiu de um albergue onde esteve hospedado temporariamente. Nessa forma de vida dedicada ao ócio, o sábio encontra a possibilidade para compreender as ciências úteis, o amor e a prática da virtude, o esquecimento das paixões, a arte de viver, a arte de morrer bem e a vida boa. Com tudo isso, encontrará uma calma inalterável. Perceberá com o é miserável a vida das pessoas ocupadas. Mais miserável ainda é a existência das pessoas que sobrecarregam suas ocupações com atividades que não eram para si, vivendo a vida em função dos outros, atarefadas com os ofícios públicos. Outras vivem ocupadas com as futilidades alheias. Outras, ainda esperam a morte de alguém para receber a herança. Sendo assim, estruturamos o livro em sete capítulos. No primeiro, descrevemos a vida de Cícero e sua formação intelectual, filosófica e moral. No segundo, um resumo de suas obras e a divisão. Depois, no terceiro, o contexto e a especificidade da obra “De Senectute” ou Saber envelhecer, dedicado ao seu grande amigo, confidente e editor Tito Pompôneo Ático. É um monólogo que tem como protagonista, como personagem principal do diálogo, Marco Porcio Catão, o Censor. Seguiremos a estrutura da análise do tratado apresentando as principais ideias em torno da arte de envelhecer, por meio das quatro razões possíveis para aqueles que, segundo Cícero, acham à velhice reprovável, expondo argumentos em prol de um envelhecer saudável e natural e se as quatro objeções são procedentes, se possuem fundamento. No quarto, analisaremos a primeira tese De Senectute de Cícero, intitulada A velhice afasta o idoso da vida ativa, visão pejorativa da época, refutada. Seguindo, no quinto, o que é necessário fazer para enfrentar a falta de vigor físico na velhice. No sexto, a privação dos prazeres na velhice, considerada uma galhardia por muitos e lamentada por outros. No último, em como a velhice aproxima a pessoa da morte, Cícero apresenta seus fundamentos filosóficos, seguindo a tradição socrática, da tese da imortalidade da alma.
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